O lineamento transbrasiliano na Bacia do Paraná : compartimentação crustal do embasamento e reativações fanerozóicas
Institution: | Universidade de Brasília |
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Department: | |
Year: | 2015 |
Keywords: | Lineamento transbrasiliano; Bacia do Paraná; Geofísica; Evolução tectônica |
Record ID: | 1077968 |
Full text PDF: | http://hdl.handle.net/10482/18142 |
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, 2015. Texto parcialmente liberado pelo autor. Conteúdo restrito: capítulos: 4 e 6. A Plataforma Sul Americana inclui dois importantes componentes geológicos de escala continental e com raízes estruturais em comum: o Lineamento Transbrasiliano (LTB) e a Bacia do Paraná. Importante relação entre os dois ocorre na região entre o Arco Magmático de Goiás e a Faixa Paraguai, que impõem particularidades estruturais obscurecidas pela cobertura sedimentar da Bacia do Paraná. A área, alvo desse estudo, é recoberta por dados aerogeofísicos, magnéticos e gravimétricos, adquiridos com diferentes resoluções. Sua integração permitiu gerar mapas de anomalias magnéticas e anomalias Bouguer, este incluindo dados terrestres.Técnicas de processamento e modelagem geofísica foram utilizadas com objetivo de esclarecer a disposição de compartimentos crustais e estruturas do embasamento da bacia em diferentes níveis de profundidade. Três grandes descontinuidades magnéticas do LTB limitam compartimentos crustais na área, de leste para oeste: lineamentos Serra Negra, Baliza e General Carneiro, com direções gerais N30°E, N60°E e N70°E, respectivamente, que separam mudanças significativas no background gravimétrico, ainda subdividido por lineamento adicional N50°W, São Vicente. Análise de lineamentos de 1ª, 2ª e 3ª ordens aponta a predominância de orientações NE, interpretadas como originalmente brasilianas e reativadas no Jurássico-Cretáceo, e direções NW, bem marcadas nas unidades sedimentares da bacia e com caráter distensivo, atribuído a reativação mesozóica. Análise do matched-filter aplicada a dados magnéticos e gravimétricos, com suporte da deconvolução de Euler e tilt-depth, aponta estimativas de profundidades importantes: (i) 2,5 km, relacionado ao topo do embasamento da Bacia do Paraná; (ii) 6 km, atribuído ao topo do embasamento da bacia neoproterozóica (Grupo Cuiabá); (iii) 20 km, possivelmente associado à interface crosta superior/inferior; e (iv) 33-39 e 43 km, relativos às espessuras crustais a oeste e sudeste do lineamento Serra Negra, respectivamente. A crosta a leste é formada pelo o Arco Magmático de Arenópolis e o limite noroeste do Bloco Paranapanema e a oeste é constituída por zona de transição crustal e o paleocontinente Amazônico. A modelagem geofísica conjunta 2D com dados gravimétricos e magnéticos esclarece a geometria assimétrica do embasamento da bacia, configurando pelo menos três meiográbens formados ao longo de estruturas reativadas do LTB. A região entre os lineamentos Serra Negra e General Carneiro caracteriza-se por menor espessura e maior fraqueza crustal, onde importantes estruturas se desenvolveram no Mesozóico: desde reativações com direção NW, vinculadas a soerguimento crustal e à implantação de pequenas bacias cretáceas alinhadas a NE. Dois depocentros importantes ocorrem: a norte do lineamento General Carneiro, com direção N70°E, e a leste da falha Serra Negra, com direção N30°E – NS.…